Luz

Ultimamente não tenho escrito, não me tenho dedicado aos desabafos temporais das minhas emoções em letras, ou nos rascunhos que carinhosamente guardo no endereço dos meus segredos e dos meus sonhos. Podem ser apenas palavras ou rascunhos,mas cada ideia escrita traça uma emoção ou uma recordação que se apoderou do meu corpo e de forma inconsciente da minha alma.

Ultimamente sinto-me sozinho, como se o tempo me fugisse das mãos ou como se estivesse preso a um cabo prestes a rebentar. As horas partem-se ao meio num silêncio doloroso e numa aflição angustiante! O medo começa apoderar-se dos meus dias numa luta que em tempos desejei mas que agora não quero. Esforço-me mas quase tudo corre mal. Continuo a preocupar-me com dores enterradas e situações que agora fazem tanta gente feliz. Sem querer, começo a fraquejar e a minha presença é posta de parte pelas pessoas que amo e adoro. Resta-me, continuar a escutar o meu coração e gelar as minhas emoções ao meu espaço para não fazer sofrer mais quem tanto gosto porque afinal, há quem não fique triste quando eu estou triste.

Adoro-te Mãe.

Mika 03-02-2009